Manejo reprodutivo de éguas

Autores

  • Camila da Silva Castro Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Raiany Soares de Paula Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Joyce Caroliny dos Santos Lopes Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Klayto José Gonçalves dos Santos Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Aracele Pinheiro Pales dos Santos Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Rafael Alves da Costa Ferro Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Diogo Alves da Costa Ferro Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Lourrany Eduardo Souza

Palavras-chave:

equinos, ciclo estral, biotécnicas reprodutivas

Resumo

A fêmea da espécie equina é caracterizada como poliestrica estacional positiva, ou seja, manifesta atividade reprodutiva nos períodos de maior luminosidade do dia, sendo que o ciclo estral é influenciado por fatores básicos como nutrição, estresse, sanidade, temperatura e fotoperíodo. Geralmente a duração média do ciclo estral é de 21 dias, onde o estro é marcado por um período de receptividade sexual (cio), variável de quatro a sete dias, caracterizado pela presença de desenvolvimento de folículos ovarianos e termina com a ovulação e o diestro vai da ovulação até a luteólise de 14 a 15 dias, caracterizado pela presença de um corpo lúteo (CL), o qual surge mediante a ocorrência de uma ovulação. A detecção do cio pode ser facilitada pelas práticas de palpação de ovários e útero e por ultrassonografia, buscando imagens de folículos com mais de 35 mm e edema de útero nas pregas endometriais, considerados sinais clássicos de cio equino. Durante estação de monta as éguas são submetidas a um período luminoso de 15 a 16 horas de duração no dia, assim o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal é estimulado para interromper a produção de melatonina, impedindo assim, que a mesma quando liberada iniba a produção de gonadotrofina (GnRH) no hipotálamo que é responsável pela liberação do hormônio folículo-estimulante (FSH) que irá atuar nos ovários para produção e maturação de folículos, e do hormônio luteinizante (LH), que estimula a liberação do óvulo a ser fecundado. A Inseminação Artificial (IA) que é a deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea é uma importante ferramenta do melhoramento genético, uma vez que o sêmen coletado pode inseminar milhares de fêmeas anualmente, além de otimizar a utilização do reprodutor. Outra biotécnica reprodutiva mundialmente difundida é a Transferência de Embriões (TE) que permite recolher embriões de uma fêmea doadora e transferi-los para fêmeas receptoras com a finalidade de completarem o período de gestação permitindo que uma fêmea produza um número de descendentes superior ao que seria possível obter fisiologicamente durante sua vida reprodutiva. A duração da gestação equina pode variar de 315 a 360 dias, sendo influenciada pelo tamanho da égua, genótipo fetal, período de estação de monta e concepção. As éguas vazias são submetidas a um programa de luz e rufiação para detecção de cio, realizando também o controle de desenvolvimento folicular até ocorrer a ovulação, momento que deve ser realizada a cobertura ou inseminação. Posteriormente, com gestação diagnosticada, devem ser observadas diariamente no pasto, para acompanhamento da gestação, controle do parto, da cria e da manifestação do cio pós-parto. 

Biografia do Autor

  • Camila da Silva Castro, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
    Zootecnista formada em 2015 pela Universidade Estadual de Goiás, câmpus São Luís de Montes Belos e mestrando em Desenvolvimento Rural Sustentável pela mesma instituição.

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Publicado

2017-02-06