UM PATETA FAZENDO HISTÓRIA

Autores

  • Lígia Maria de Carvalho

Resumo

No ano de 1932 houve o lançamento do curta-metragem: A Revista Teatral do Mickey (Mickeys’s Reviw), em que se via um anônimo e mal educado caipira que, simplesmente, conquistou o público com sua ingenuidade e risada divertida. Era o nascimento de uma das mais populares personagens Disney que, após ser “batizado” e “rebatizado” várias vezes, teve sacramentado o nome de Pateta (Goofy) em 1939. Na medida em que, tanto o nome quanto a configuração da personagem foram ganhando “personalidade”, o Pateta se tornou o “representante” da ascendente classe média urbana estadunidense, que se via retratada, de forma bem humorada, nas patetices resultantes da inaptidão quanto ao uso dos artefatos da vida moderna. A riqueza, proveniente do butim da II Guerra Mundial, proporcionou às famílias norte-americanas o acesso aos bens de consumo, muito embora, essa população recém-enriquecida necessitasse abandonar os velhos hábitos. Portanto, a partir da segunda metade dos anos 1940, o Pateta foi se consagrando como o protagonista de um “sitcom” de animação que, não somente ria do american way of life, mas também servia de recurso pedagógico para inserir novas formas de comportamentos considerados mais saudáveis – sob as bênçãos do progresso, é claro. Diante do exposto, a presente proposta de trabalho tem a pretensão de utilizar a construção do personagem Pateta como documento histórico, ou seja, como instrumento de analise da sociedade estadunidense em seu contexto e, para tanto, será utilizada a sua filmografia produzida nas décadas de 1940 a 1960, bem como, suas aparições nas histórias em quadrinhos.

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Publicado

2014-01-26

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