Relação entre mastite ambiental e Escherichia Coli

Autores

  • Laís Fernanda Segati de Jesus
  • Ícaro Rufino Gonçalves
  • Cláudia Peixoto Bueno
  • Clarisse Carolina dos Santos Silva

Resumo

A mastite ou mamite é uma inflamação da glândula mamária de origem contagiosa ou ambiental que resulta em alterações físico-químicas e microbiológicas do leite. A mastite pode ser de origem não-infecciosa ou infecciosa quando ocasionada por fungos, algas, leveduras e bactérias, estas últimas representam a etiologia da maioria dos casos ocorridos na bovinocultura leiteira. Os principais patógenos ambientais gram-negativos associados à mastite ambiental são os coliformes, entre eles a Escherichia Coli, representados por microrganismos oportunistas que sobrevivem no ambiente na presença de matéria orgânica e que invadem a glândula mamária, multiplicando-se, desencadeando uma resposta imune do hospedeiro e eliminados após um breve período de quadro clínico moderado sem tantas alterações significativas na contagem de células somáticas (CCS). A E. coli é bastonete, não esporulado, que se move usualmente por flagelos peritríquios e anaeróbio facultativo, assim como outros representantes da família Enterobacteriaceae distribuída mundialmente e faz parte, normalmente, da microbiota intestinal de homens e animais. Quando eliminada poderá ser encontrada na água, no solo, resíduos e/ou quaisquer outros lugares que possa alcançar, ou seja, sua presença é tida como um indicativo de inadequados tratamentos térmicos ou de uma provável contaminação subsequente, especialmente como indicador de contaminação fecal, dessa forma se torna evidente que o principal ponto para o controle da mastite ambiental associada a E. coli é a redução da exposição das vacas aos patógenos presentes no ambiente, ultrapassando a barreira da dificuldade das limitações estruturais do alojamento e manejo destes animais. 

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Publicado

2022-07-08