DIÁRIOS DE CAMPO COMO POSSIBILIDADE DE PESQUISA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Autores

  • Anna Maria Kovacs Khaoule
  • Euzebio Fernandes de Carvalho

Palavras-chave:

Estágio investigativo. Diários de campo. Etnografia.

Resumo

Para Geertz (1989), etnografia é o que fazem praticantes da antropologia social quando em suas investigações eles estabelecem relações, selecionam informantes, transcrevem textos, levantam genealogias, mapeiam campos, produzem diários entre outras práticas de pesquisa. A maioria dessas práticas é utilizada nos estágios dos cursos de licenciatura, principalmente na etapa da “observação” também chamada de “diagnose da escola-campo”. Contudo, para que esses não sejam procedimentos frios e burocráticos, precisamos conjugá-los dentro de uma concepção semiótica de cultura, segundo a qual, as pessoas são amarradas por teias de significados que elas mesmas tecem (GEERTZ, 1989). Dessa forma, numa análise etnográfica selecionamos as estruturas de significação, buscando identificar sua base social e importância coletiva. Somente assim, podemos ultrapassar a postura tradicional de simples descrição (fria) do espaço escolar e conseguimos acessar a lógica informal da vida real, produzindo uma “descrição densa”, ou seja, que possibilite o diálogo efetivo com a realidade escolar observada. Partindo dessa concepção, a produção do diário de campo se torna um importante procedimento para a realização do estágio investigativo nas licenciaturas, favorecendo a pesquisa e a produção do conhecimento do professor sobre as diversas dimensões do processo de ensino-aprendizagem, bem como, da cultura escolar em que ele se insere.

Downloads

Publicado

2014-01-26

Edição

Seção

New Section Title Here